Primeiramente, a geração exagerada de resíduos de saúde se caracteriza como um dos principais problemas da contemporaneidade, sendo uma consequência do processo de expansão e urbanização acelerada das cidades. O desenvolvimento urbano gera uma preocupação não somente no aumento da produção de resíduos, mas na forma como os mesmos estão sendo gerenciados. Afinal, o manejo desses materiais, em todas suas variedades, muitas vezes não se realiza da forma correta. Isso acaba levando a um descarte incorreto e ocasionando, então, muitos prejuízos ao meio ambiente e à saúde pública. E, quando se fala de Plano de Gerenciamento Resíduos Sólidos de Saúde (PRSS), os riscos tornam-se ainda mais potenciais e evidentes. Sendo assim, elaborar e gerenciar o Plano de Gerenciamento de Saúde (PGRSS) se torna bastante importante. Portanto, entenda agora seus benefícios e importância. Leia esse texto para saber mais o que é o PGRSS.
Por que os resíduos de saúde possuem maior risco para a sociedade?
Gera-se resíduos diariamente e eles possuem distintas características. Portanto, devido à complexidade de tipos de resíduos, eles possuem algumas classificações. Vamos tomar como exemplo a NBR 10.004 – Classificação de Resíduos Sólidos – que utiliza como critério os riscos potenciais que os resíduos trazem ao meio ambiente. Essa classificação divide os resíduos em duas classes: Classe I – Resíduos perigosos; Classe II – Resíduos não perigosos.
Materiais contaminados, que são exemplos de RSS, como luva, gorro, máscara, algodão, avental de chumbo, medicamentos, agulha usada, bisturi usado, seringa usada e resíduos de cirurgia, necessitam de tratamento e disposição especiais, por apresentarem elevado risco à saúde da sociedade.
Mas o que ocorre quando não se faz um gerenciamento adequado dos resíduos de saúde?
Em relação aos riscos ambientais mais propícios, os resíduos perigosos, tais como os lixos hospitalares, quando mal dispostos, podem contaminar o solo e os lençóis freáticos. Aqueles que têm em sua composição substâncias químicas muito perigosas, como metais pesados, podem, ainda, trazer danos irreversíveis à saúde humana.
O impacto dentro dos próprios estabelecimentos, como consultórios médicos, odontológicos, e clínicas veterinárias, também pode ser muito negativo. Os funcionários podem ser contaminados/infectados, caso não utilizem os equipamentos de proteção adequados; o local ficará despreparado, passando uma imagem negativa aos pacientes; há um alto risco de o empreendimento receber notificações ou multas; além de, em casos mais extremos, aparecerem vetores e animais peçonhentos.
O que eu ganho ao gerenciar os resíduos de saúde?
Os benefícios de gerenciar melhor os resíduos de saúde sólidos são inúmeros. Proporciona um ambiente de trabalho mais saudável, contribui na divulgação do empreendimento, auxilia na responsabilidade socioambiental do estabelecimento e até pode trazer certo retorno financeiro. Confira a seguir:
Menor impacto ambiental
Há diversos estudos que comprovam que os RSS não devem ser dispostos no meio ambiente sem tratamento prévio que assegure a eliminação das características de periculosidade dos resíduos, de forma a favorecer a preservação dos recursos naturais e o atendimento aos requisitos de qualidade ambiental e de saúde pública. Um gerenciamento bem executado, por exemplo, já garante que o envio dos resíduos seja a locais licenciados, que darão um destino ambientalmente adequado aos mesmos. Ressaltando que, de acordo com as legislações ambientais brasileiras, é função e responsabilidade do gerador dos resíduos garantir que eles tenham uma correta disposição.
Diminuição na geração de resíduos de saúde
O gerenciamento correto dos resíduos leva os envolvidos a desenvolverem ainda mais sua consciência socioambiental. Assim, de forma mais consciente e organizada, é possível que se tenha uma minimização da produção de resíduos, bem como um encaminhamento seguro e eficiente, que irá proporcionar proteção aos funcionários do local.
Para isso, a etapa de segregação dos resíduos, no momento e local de sua geração, é de extrema importância em um bom gerenciamento. Se os resíduos forem segregados corretamente, o percurso do resíduo até a destinação final, seguindo todas as recomendações ambientais, ocorrerá de maneira muito mais efetiva.
Melhor eficiência com o PGRSS
Um bom gerenciamento deve possuir processos internos bem definidos, como o horário adequado do recolhimento do resíduo, procedimentos detalhados de como a ação deve ser realizada, o itinerário que o funcionário deve fazer até o local de armazenamento, entre outros. Esse tipo de processo resulta em uma grande otimização de tempo, pois os funcionários sabem exatamente como e quando as tarefas devem ser feitas, o que reduzirá o tempo de execução de tarefas simples, e, dessa forma, ganha-se tempo em outras tarefas de interesse.
Imagem positiva aos clientes
Processos bem definidos no gerenciamento garantem que as pessoas não tenham contato com os resíduos de saúde que circulam nos estabelecimentos. Sendo assim, seu recolhimento não afetará a movimentação no local, e devido a essa organização, o empreendimento passará uma imagem positiva aos seus clientes. Além disso, atualmente, as pessoas buscam lugares com forte apelo ambiental. Então, utilizar o gerenciamento de RSS como uma melhoria de imagem para atrair os clientes é um método bastante viável. Oferecer um lugar organizado aos pacientes, que se preocupa com as questões sociais e ambientais, é um processo que beneficia na fidelização dos clientes.
Menor custo
Empreendimentos que fazem o gerenciamento dos RSS (lixos hospitalares) conseguem, ainda, realizar certa economia ao diminuírem e otimizarem os resíduos gerados. Quando feita uma boa segregação, apenas os resíduos contaminados, dos lixos hospitalares, vão para os locais especiais, reduzindo o custo com o transporte, tratamento e destinação final. Pode, ainda, haver lucro, dependendo do porte do estabelecimento, com a comercialização dos materiais recicláveis, além de evitar risco do local receber multas. A incineração é uma forma de destinação final.
Diante de todos estes benefícios, é possível perceber que a relevância do gerenciamento de resíduos de saúde (PGRSS) está principalmente nos aspectos sociais e ambientais, porém o próprio empreendimento ganha muito com a execução e implementação do mesmo. Os recursos gastos na elaboração do plano são retornados de maneira muito eficiente aos estabelecimentos. O PGRSS de forma correta é muito mais do que atender os requisitos da legislação, é analisar, planejar, cuidar e prevenir. Desse modo, é necessário ser estruturado com conhecimento e consciência.
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