O modo de vida moderno, baseado no consumismo e sem preocupação com a sustentabilidade, faz com que um bom gerenciamento de resíduos seja primordial. De acordo com a ONU, caso a situação continue nesse ritmo de produção, a quantidade de “lixo” produzida em 2025 deverá chegar a 2,2 bilhões de toneladas anuais.
Mas o que fazer com todo esse “lixo”? Esta é uma pergunta que os órgãos públicos, ONGs e cidadãos vêm tentando responder. Como apresentado na citação da professora Sylmara Gonçalves Dias, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP abaixo:
“Embora a questão aponte desafios comuns, não há uma única solução, pois é preciso considerar a especificidade da cultura do descarte e do padrão de desenvolvimento socioeconômico.”
Sylmara Gonçalves Dias
Assim, como não há uma única solução, cada cidadão, dentro da sua zona de atuação, deve buscar aplicar a metodologia dos 3R’s: reduzir, reutilizar e reciclar seus resíduos, ou seja, buscar gerenciá-los adequadamente.
A seguir, apresentamos 4 motivos que vão lhe fazer considerar gerenciar seus resíduos:
1. Gerenciamento de Resíduos e sustentabilidade
Como introduzido anteriormente, os resíduos são responsabilidade de quem os produz e, uma vez que todos nós contribuímos para isso, seja em casa, na universidade ou no trabalho, armazená-los e destiná-los adequadamente é dever de todos pelo bem comum e do meio ambiente.
Além disso, o “lixo” é fonte de renda para milhares de pessoas no Brasil. Dessa forma, separar seu resíduo e destiná-lo, por exemplo, para uma associação de catadores, será uma atitude cidadã e de valoração social.
2. Lucratividade que o Gerenciamento traz
Talvez você mesmo tenha a intenção de ganhar dinheiro com o “lixo”. Por exemplo, ao separar e juntar latinhas de alumínio, é possível vendê-las por em média R$1,70/kg. Pode até parecer pouco, mas ao juntar grandes quantidades, a quantia poderá fazer a diferença no seu orçamento mensal!
Vale ressaltar que esta diferença será ainda mais considerável em estabelecimentos, como, restaurantes, supermercados, lanchonetes, hotéis e padarias, que comercializam grande quantidade de produtos e, por isso, geram muitas latinhas de alumínio, entre outros efluentes, como embalagens plásticas e papel.
No caso desses estabelecimentos, ainda há a grande produção de resíduos orgânicos, que não podem ser comercializados. Contudo, eles também podem ser fonte de energia e, assim, trazer economia. O biodigestor é uma solução para isso, por exemplo.
Logo, gerenciar seus efluentes, pensando na logística adequada de acordo com a especificidade deles, vai fazer com que você e seu negócio tenham mais uma fonte de lucros.
3. Organização do Gerenciamento de Resíduos
Imagine você como o dono de um restaurante que acaba tendo a clientela afastada em função da quantidade de vetores ou pelo mau cheiro gerado no seu estabelecimento?
O “lixo”, quando armazenado em local e por tempo inadequados, pode tornar um ambiente desorganizado e até hostil.
4. Legalização perante os órgãos públicos
Existem leis em esfera nacional, estadual e municipal que regulamentam o gerenciamento de resíduos sólidos. Logo, se você tem um negócio que produz resíduos especiais ou em grande quantidade, possuirá uma maior preocupação e necessidade de gerenciá-los adequadamente.
Isso porque a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) institui que “estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que geram resíduos perigosos ou que mesmo não sendo perigosos, pelo volume e composição, não sejam equiparados aos efluentes domiciliares pelo poder público municipal”, deverão ter inclusive um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
Este documento que abordará as características do empreendimento, a identificação dos resíduos gerados e maneiras conformes de armazená-los, transportá-los e destiná-los. Aqueles que não cumprirem com a lei estarão sujeitos a sanções.
Alinhado com a PNRS, a Prefeitura de Belo Horizonte decretou que clínicas odontológicas e veterinárias, laboratórios, cemitérios, farmácias de manipulação, entre outros, são obrigados a ter o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde para conseguirem o Alvará de Funcionamento e o Alvará Sanitário, por meio do Decreto 16.509/16.
Saiba tudo sobre Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS).
Logo, gerenciar seus resíduos passa a ser uma obrigação frente aos órgãos públicos, e descumprir com isso pode gerar preocupações e prejuízos para você e seu estabelecimento.
Portanto, você, como dono de um empreendimento que produz muitos resíduos – ou resíduos específicos –, precisa se atentar a esta questão para que obtenha sua regularização e mantenha o bom funcionamento de seu negócio. Quer conhecer mais sobre o assunto? Entre em contato conosco! Ficamos sempre muito satisfeitos em solucionar suas dúvidas.