As atividades do dia a dia normalmente deixam rastros de sua ocorrência e isso pode ser visto pela geração dos efluentes. Esses são resíduos em forma líquida (ou até gasosa) vindos do descarte de materiais. Dessa forma, separa-se os resíduos, por meio de suas características, em muitas categorias, necessitando, então, de descartes diferentes e tratamentos adequados de acordo com sua composição. Assim, é preciso ter atenção com sua destinação, principalmente quando se trata de um efluente não-doméstico.

O que é esse tipo de efluente? 

A categoria de efluentes não-domésticos traz, além do efluente da indústria (ou esgoto), qualquer resíduo líquido vindo do uso de água para atividades além da cozinha, área de serviços e banheiros. Portanto, mesmo que você não tenha um estabelecimento industrial, o processo usado pode gerar efluente não-doméstico.

Efluentes não doésticos podem causar polução quando descartados de formaa errada.
Tanto indústrias de grande porte como estabelecimentos pequenos podem gerar efluentes não-domésticos

Para ficar mais fácil, aqui vai alguns exemplos: indústria de tecidos, alimentos ou de papel e celulose, siderurgia, mineradora… Todas estas são de grande porte. Mas um lava-jato também gera efluente não-doméstico: o sabão. Uma oficina mecânica, ao fazer lavagem das peças, descarta óleo misturado na água. O mesmo vale para postos de gasolina, laboratórios de análise química ou clínica e hospitais.

Mas o que eles podem causar? 

Cada tipo de estabelecimento gera seu efluente com sua características próprias. Assim, pode ser nocivo à saúde humana e ao meio ambiente, causar danos às tubulações e ao sistema de coleta. Nos efluentes de laboratórios, por exemplo, há produtos químicos tóxicos, cujo tratamento comum de esgoto não remove. Sendo assim, apresenta riscos a quem entra em contato com eles.

Esgoto de industria
A disposição errada do seu esgoto, pode causar diversos danos à natureza!

O óleo que saiu da lavagem do carro também é exemplo de poluidor das águas. Esse resíduo fica por cima e impede o sol de entrar, prejudicando o ambiente. Nas tubulações comuns de esgoto, ele pode também se aglomerar, atrapalhando a passagem do líquido.

Importante destacar, no caso dos laboratórios e hospitais, além do efluente necessitar de cuidado especial, os resíduos também precisam de gerenciamento diferenciado, pois estão contaminados por agentes biológicos. Para ter um melhor entendimento, é recomendo ler esse texto sobre os benefícios do gerenciamento de resíduos de saúde.

E por que tratar os efluentes não-domésticos?

É por conta das particularidades que os efluentes não-domésticos devem passar por um tratamento prévio antes de serem descartados. Assim, atende-se o padrão de tolerância para lançamento de efluentes, estabelecido pela Resolução CONAMA 430/2011. Esse padrão, consiste em uma tabela de concentrações máximas que cada substância pode ter em um líquido, para garantir a preservação da saúde e do meio.

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Evitar a corrosão e a incrustação são vantagens de se realizar o tratamento correto

O tratamento certo também ajuda a evitar corrosão e a incrustação nas tubulações, uma vez que os tubos não foram feitos para aguentar o contato com esses resíduos. Além disso, em um momento de falta de água, o despejo de efluentes não-domésticos na rede (sem tratamento prévio) é grave e ilegal, pois contribui com a poluição e dificulta o tratamento de esgoto correto.

Mas como regularizar o despejo dos efluentes não-domésticos?

Observando essa questão, a COPASA criou o Programa de Recebimento e Controle de Efluentes Não Domésticos, o PRECEND. O programa, por meio de inspeções e pedido de alvará, regulariza os estabelecimentos ao atender as exigências ambientais dos padrões de lançamentos, de forma que a companhia deve receber, do proprietário, o projeto técnico

Precend da Copasa; Efluenets não domésticos.
O PRECEND ajuda a COPASA a garantir a qualidade da água

No caso dos pequenos comércios e serviços, não há necessidade de um tratamento elaborado dos efluentes. Na maioria das vezes uma caixa de gordura, um gradeamento ou uso de produtos para neutralizar o pH é suficiente. Isso porque o volume de efluente não é grande como nas indústrias, portanto não requer uma estação de tratamento refinada. Mas, ainda assim, é preciso que estes se regularizem junto à companhia de saneamento, recorrendo à profissionais para fazer a análise e os projetos necessários.

Agora que você entende a importância de tratar seu efluente não-doméstico antes do descarte, principalmente pelo risco que apresenta, tanto ao meio onde vivemos quanto à você, é melhor providenciar sua adequação! Pois você pode ser autuado e sofrer sanção, caso esteja irregular conforme a Resolução ARSAE 040/2013.

ENTENDA TUDO SOBRE O PRECEND DA COPASA!

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